Talvez esta pessoa ainda não tenha se encontrado em nenhum desses cursos e por angustia e desmotivação acaba trancando a faculdade.
Segundo notícia recente, dados do governo mostram que, metade dos calouros na faculdade em 2010 trocaram de turma, de instituição ou abandonaram o curso, quase metade dos estudantes universitários não conclui o curso iniciado (G1.globo, 2018)
Nas faculdades públicas, a média de evasão é de 40% e nas particulares, o porcentual é de aproximadamente 50%. Dentre as principais causas apontadas está a falta de vocação em relação à área de estudo escolhida e o pouco preparo do aluno, ainda no ensino médio. (Gazeta do Povo, 2018).
Em outra reportagem aponta que 49% dos alunos do ensino superior abandonaram o curso para o qual foram admitidos, em 2014. Os números crescem em 4 anos, considerando que em 2010 foram 11,4%. (Gazeta Online, 2017).
Iniciar uma faculdade gera toda uma expectativa, sonhos e de repente ao passar dos meses o indivíduo percebe que não era bem aquilo que estava imaginando e se frustra com a escolha. Lembramos que há um investimento alto de dinheiro e tempo. Muitas vezes os pais pagam e o filho não quer decepcionar os pais. Ao mesmo tempo a família cobra pelo bom desempenho e muitas vezes não aprova a desistência do curso.
Já atendi um caso em que a pessoa passou no vestibular da UFPR, começou a cursar a faculdade e a família toda mudou de cidade para acompanhar o estudante durante a graduação. Neste caso, na metade do curso ele percebeu que não era aquilo que queria e agora? Esta pessoa contava do desgaste emocional que sofria, a pressão dos pais em ter que terminar aquele curso. Ele buscou um processo de orientação profissional, optou em trancar o curso e depois transferiu para outro curso que achou melhor para si, enfrentando toda aquela situação.
A pressão dos pais aumenta quando o filho cursa algum curso de “status”, como acontecem com medicina, engenharias e direito. Mais muitos decidem continuar e mais tarde tenderão a se tornar os profissionais frustrados que a gente vê por ai.
Desistir do curso que está fazendo significa renunciar a si e a escolha feita, aquela identidade que havia escolhido para si. Segundo Ciampa (2000), somos o que fazemos. Cortella (2001) chama isso de obra, é aquilo que faço, que construo, em que me vejo. A minha criação é proporcional na medida que crio no mundo.
Então o aluno ainda terá que elaborar o seu luto por não ter tido sucesso naquela escolha e partir para uma próxima escolha. E as vezes demora, cada um tem o seu tempo.
Então se tiver no meio da sua graduação e percebeu que não é este o seu curso, saiba que pode realizar um processo de orientação profissional e contar com a ajuda da uma psicóloga especialista no assunto. Veja ainda neste site depoimentos de outras pessoas que realizaram o processo de orientação profissional.
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